Até há pouco tempo, o home office era algo restrito na rotina da maioria das empresas, relacionado a questões momentâneas dos funcionários, muitas vezes. Com a pandemia do novo coronavírus mundo afora, a realidade mudou radicalmente. O trabalho remoto virou a norma para as organizações, que agora precisam concentrar esforços e investimentos tecnológicos para que ele mantenha o nível de eficácia do modo tradicional.
No entanto, ao contrário do que muitos possam pensar, a configuração anterior ao covid-19 não deve ser retomada. O trabalho remoto é um caminho sem volta e deve provocar grandes mudanças na cultura organizacional. De acordo com pesquisa da consultoria Gartner, a grande maioria dos diretores financeiros nas empresas planeja aumentar o número de funcionários nesse sistema mesma depois da crise.
Vai pelo mesmo caminho um estudo da Fundação Getúlio Vargas, que prevê o home office crescendo 30% após o período de estabilização dos casos de covid-19 e a retomada das atividades. A análise aponta ainda que o e-commerce e o ensino a distância devem aumentar 30% e 100%, respectivamente.
Embora deva haver queda nos gastos das empresas com serviços de tecnologia da informação no curto prazo, por conta das paralisações e restrições para evitar a disseminação do vírus, a expectativa é que a tendência se reverta já nos próximos meses, especialmente pela mudança de hábitos de trabalho, como o home office.
Jornal Valor, 29/04/2020.